sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

ESTREMOCENSE DE 21 ANOS Desaparecido

http://www.bradosdoalentejo.com.pt/jornal/u20100107a.htm

ESTREMOCENSE DE 21 ANOS
DESAPARECIDO HÁ MAIS DE DUAS SEMANAS

POLÍCIA [07 JAN] »» Nelson Freitas Cebola, estremocense de 21 anos, cruzou-se com a sua mãe pela última vez no passado dia 21 de Dezembro, há mais de duas semanas, e desde então que ninguém tem informações sobre o seu paradeiro. Esta situação, naturalmente, tem provocado grande agitação e consternação no seio da sua família que já espera que o pior possa ter acontecido.
“Como não tem telemóvel ou outro tipo de contacto, só nos resta aguardar por notícias, mas é muito constrangedor não saber de nada e estamos muito aflitos à espera”, comentou a mãe, Ana Pataco.
Segundo Ana Pataco, no passado sábado, dia 2, correu um boato na cidade de Estremoz que referia que Nelson Cebola poderia estar morto em Espanha, rumor que deixou em sobressalto a mãe que de seguida efectuou diligências junto das esquadras de Polícia de Segurança Pública de Estremoz, Elvas e autoridades espanholas.
Inclusivamente, em Badajoz, percorreram os bairros mais degradados da cidade, mostrando a fotografia do seu filho a pessoas que vagueavam nas ruas, mas ninguém lhes adiantou qualquer informação que ajudasse a encontrar o seu ente querido. “Não sei como nasceu este boato mas é falso”, frisou a mãe, adiantando que a esperança de o voltar a ver ainda se mantém viva, pois “se tivesse acontecido alguma coisa a PSP já me teria informado, mas já espero tudo!”.
O Nelson tem problemas relacionados com drogas e, poucos dias antes de ter desaparecido, tinha contado a um tio que andavam atrás dele por dever dinheiro às pessoas que lhe forneciam os estupefacientes que consumia. A família pondera, ainda, que o seu desaparecimento esteja ligado a estas dívidas e ao facto de ter receio de represálias por parte destes fornecedores.
O jovem mora sozinho nos “quartéis”, Bairro de Santiago, e na sua residência, segundo a mãe, não há vestígios de ter havido “mexidas”, pois a roupa encontra-se toda no mesmo sítio, faltando, no entanto, uma televisão, um rádio e um aquecedor que calcula que o seu filho possa ter vendido por “causa do vício”.
“Era um rapaz atinado mas o vício deu cabo dele e as companhias também não o têm ajudado”, lamentou Ana Pataco.
Nelson Cebola cresceu no Bairro de Santiago, em Estremoz, e, segundo a mãe, este é um meio em que não é fácil estar afastado destes problemas por se tornar muito fácil a aquisição de drogas. “Ninguém obriga ninguém, mas é complicado!”.
Ana Pataco disse ao Brados do Alentejo que o jovem estremocense frequenta um curso, “mas assim que acabavam as aulas ia para o jardim municipal “onde se encontrava a malta toda”e todo o dinheiro que ganhava era “só para isso”.
Os familiares conheciam a sua dependência e tentaram ajudá-lo, recorrendo ao Centro de Apoio a Toxicodependentes (CAT), em Évora, mas de nada adiantou porque “assim que o médico que lhe disse que teria que tomar os medicamento receitados e que não poderia sair de casa”, acabou por não se tratar.
Dez dias depois de ter desaparecido, 31 de Dezembro, Nelson Cebola levantou o total do vencimento que auferia no curso, cerca de 450 euros, numa entidade bancária em Elvas e como não possuía cartão multibanco procedeu ao levantamento no balcão deste banco. “Como ele devia dinheiro a certas pessoas e se, neste caso, foi acompanhado durante esse levantamento vai-se ver nas filmagens do banco. Andavam atrás dele para receberam o dinheiro”, comentou o padrasto, João Pataco.
“As autoridades possuem uma fotografia dele e os nossos contactos e agora só nos resta aguardar”, concluíram.
Em caso de alguém ter visto ou possuir alguma informação sobre Nelson Freitas Cebola que possa aliviar o sofrimento desta família e ajudar a encontrar o seu ente querido, contactem o número de telemóvel 968323590.
»» Jorge Manuel Pereira

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